A Diana era uma menina muito inteligente, muito doce, muito frágil, muito boa amiga e boa mãe. Muito capaz de tomar conta de si e dos que ama (e uso este verbo no presente porque, de facto, este verbo é eterno).
Recordo o dia em que conheci a doce Diana… Era mais uma “triagem” do Grupo de ajuda de Facebook “Careca Power”. Eu fazia as perguntas do costume, com a frieza que o monitor e o teclado impõem, por mais que as palavras que usei tentassem contrariar.
A Diana respondia, a medo, a questões tão pessoais como: “tens cancro?” e “onde foi?” ou “em que fase do tratamento estás?”. Habituava-se, notava eu, a assumir “aquilo”. Notava-se que não lhe era automático nem natural falar do seu cancro. Não gostava de estar a ser perguntada, mas precisava de amparo e estava decidida nessa tarefa.
Menina doce e frágil, a Nossa Diana, procurou amparo…
Autor: Miriam Brice – Careca Power