Doença e sexualidade: duas palavras e realidades que não se misturam? Aparentemente, é difícil relacionar as duas.
O diagnóstico de uma doença grave e, por vezes, incapacitante, mobiliza os recursos internos adaptativos do sujeito, implicando, necessariamente, num processo psicológico normal, a aceitação da nova realidade.
Da mesma forma, uma doença não é só do doente, mas, também, de quem partilha a sua intimidade.
O Impacto desse diagnóstico parece depender muito da idade e da adaptação à doença, e as consequências desta no funcionamento sexual também varia, sendo que, história prévia da sexualidade e da forma como cada um de nós se relaciona com o corpo, antes e depois do diagnóstico, parece ser, também, determinante. A integração da doença e a procura da normalização depende muito de fatores psicológicos e de personalidade.
No que refere à doença oncológica e às suas diferentes abordagens terapêuticas, o bem-estar psicológico e a qualidade de vida do doente ficam comprometidos. E é, precisamente, aqui, que a sexualidade e a sua expressão podem ser postas em causa. Fatores físicos como alterações anatómicas (amputação mamária, testicular, colorretal) e …